O que é Rncci?
Rncci é a sigla para Regime Não Convencional de Comparticipação de Medicamentos. Trata-se de um sistema adotado em Portugal para comparticipação de medicamentos para tratamentos de doenças crónicas ou graves. Esse regime foi implementado em 2010, com o objetivo de proporcionar maior acesso aos medicamentos, principalmente para pessoas com menor poder aquisitivo.
Através do Rncci, os medicamentos são comparticipados em diferentes graus, podendo ser de forma total ou parcial, conforme a gravidade da doença e a condição financeira do paciente. O sistema é dividido em quatro escalões, que representam o grau de comparticipação e o valor a ser pago pelo paciente. Os escalões são determinados a partir da avaliação feita pelo médico responsável pelo tratamento.
O primeiro escalão é destinado a medicamentos essenciais e apresenta a maior comparticipação, de até 100%. Já o quarto escalão corresponde a medicamentos de custo mais elevado e apresenta menor comparticipação, de até 37,5%. São exemplos de medicamentos que se enquadram no Rncci: medicamentos para tratamento de diabetes, hipertensão, doenças autoimunes, oncologia, entre outras.
Os critérios de acesso ao Rncci são definidos pelas autoridades de saúde e a avaliação é feita caso a caso, pelo médico responsável pelo tratamento. O paciente deve apresentar condições clínicas que justifiquem a necessidade do medicamento, assim como demonstrar dificuldades financeiras que impossibilitem a aquisição do mesmo.
Em resumo, o Rncci é um sistema que visa garantir o acesso aos medicamentos para tratamento de doenças crónicas e graves em Portugal. Através desse regime, os medicamentos são comparticipados de acordo com a gravidade da doença e a condição financeira do paciente. É uma alternativa para pessoas que não têm condições de arcar com os custos desses medicamentos de forma integral.
Quanto se paga numa unidade de cuidados continuados?
Em Portugal, uma unidade de cuidados continuados é uma instituição criada para usufruto das pessoas que não têm possibilidade de permanecer em suas casas e precisam de cuidados permanentes. Esses serviços são destinados a idosos, pacientes com doenças crónicas e pessoas com deficiências físicas. Mas afinal, quanto se paga para usufruir dos serviços numa unidade de cuidados continuados?
O custo de uma unidade depende de diferentes fatores, como o tipo de serviço prestado, o nível de cuidados que o paciente requer e a localização geográfica da unidade. Em média, os preços variam entre os 1000 e os 3000 euros por mês, mas é possível encontrar valores mais baixos em instituições públicas.
Os valores mais altos geralmente correspondem a unidades privadas, que oferecem uma série de vantagens em relação às unidades públicas. Os serviços incluem quartos individuais, alimentação personalizada, atividades recreativas, serviços de terapia ocupacional, assistência médica, entre outros. Mas, se o paciente não pode pagar, há unidades públicas que oferecem uma atenção de alta qualidade e sem custo.
As unidades de cuidados continuados em Portugal estão incluídas no Serviço Nacional de Saúde, que assegura uma atenção médica de alta qualidade, independente do tipo de serviço ou da modalidade de pagamento. Por isso, é importante pesquisar bem antes de escolher uma unidade de cuidados continuados e avaliar todas as vantagens e desvantagens que cada uma pode oferecer. A escolha da unidade ideal deve ser baseada na condição do paciente, no melhor serviço prestado e na adequação do preço.
Por fim, vale lembrar que os serviços de cuidado continuado estão avaliados e controlados por entidades públicas, de forma a assegurar a qualidade do serviço prestado. Os valores que se pagam numa unidade de cuidados continuados em Portugal, pese embora possam ser elevados, garantem a assistência necessária e adequada a pessoas que precisam de cuidados permanentes.
O que é uma unidade de cuidados continuados?
Uma unidade de cuidados continuados é uma estrutura de saúde especializada em cuidar de pessoas que necessitam de assistência constante, devido a doenças crónicas ou incapacidades físicas, que podem ser temporárias ou permanentes.
A sua principal finalidade é proporcionar uma assistência integrada e continuada, ou seja, acompanhamento médico e de enfermagem, terapêutico e psicológico, num ambiente hospitalar ou domiciliário, visando a recuperação e manutenção da saúde, melhorando assim a qualidade de vida do paciente.
Esta modalidade de cuidados tem aumentado com o envelhecimento da população e consequentemente com o aumento das doenças crónicas. O objetivo é que o paciente possa manter-se em casa o máximo tempo possível, evitando assim internamentos em hospitais, através de cuidados domiciliários.
As unidades de cuidados continuados são geridas por profissionais qualificados e especializados na área da saúde, desde médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos de diagnóstico e terapêutica, entre outros, que trabalham em conjunto para garantir um serviço de qualidade.
Os pacientes podem ser encaminhados para uma unidade de cuidados continuados por indicação médica, de um hospital ou clínica, ou por iniciativa própria, através das exigências da doença e das limitações físicas.
O tratamento em unidade de cuidados continuados é personalizado, tendo em conta as necessidades específicas de cada paciente, pelo que é essencial uma avaliação pormenorizada do estado de saúde do doente para que se possa desenhar um plano de cuidados adequado às suas necessidades.
Em suma, uma unidade de cuidados continuados é uma estrutura essencial na promoção da saúde e bem-estar dos doentes com doenças crónicas ou incapacidades físicas, oferecendo um serviço integrado e personalizado, que permite prolongar a estadia do paciente em seu próprio domicílio e evitar internamentos hospitalares.
Quantas tipologias da Rncci existe?
A Resposta Nacional de Cuidados Continuados Integrados (Rncci) é um modelo de organização em saúde que tem por objetivo garantir uma resposta integrada e continuada a situações de dependência física e ou psicológica, de pessoas com doenças crónicas ou condições que acarretam limitações na autonomia.
A Rncci é composta por diferentes tipologias que se adequam às necessidades específicas de cada doente e que procuram garantir a continuidade dos cuidados ao longo do tempo.
Desta forma, existem quatro tipologias distintas que se diferenciam na intensidade dos cuidados: Cuidados Continuados Integrados de Média Duração e Reabilitação (CDMIR), Cuidados Continuados Integrados de Longa Duração e Manutenção (CDILM), Cuidados Paliativos (CP) e Cuidados de Saúde Mental (CSM).
Os CDMIR destinam-se a doentes que após uma situação aguda de saúde necessitam de reabilitação, recuperação e readaptação ao meio familiar e social. Esta tipologia tem uma duração média de três meses com um limite máximo de seis meses.
Por sua vez, os CDILM destinam-se a doentes que necessitam de muita ajuda para executar as atividades básicas da vida diária e que não têm autonomia para realizar as atividades instrumentais da vida diária. Esta tipologia não tem limite máximo de tempo.
Os CP destinam-se a doentes que se encontram numa fase avançada e progressiva de uma doença incurável, em cuidados paliativos de primeira linha ou não, doentes oncológicos em final de vida com sofrimento refratário e doentes que necessitam de cuidados paliativos em fim de vida.
Por último, os CSM destinam-se a pessoas com perturbações psiquiátricas crónicas, que necessitam de um acompanhamento constante e holístico, em que o cuidado com a saúde mental é o objetivo principal.
Em suma, as quatro tipologias da Rncci permitem dar resposta a diferentes necessidades e situações de saúde que garantem a continuidade dos cuidados e a melhoria da qualidade de vida dos doentes.
Qual a diferença entre Cuidados Paliativos e cuidados continuados?
Os cuidados paliativos e os cuidados continuados são duas vertentes muito importantes da área da saúde com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos pacientes que sofrem de doenças graves e/ou incuráveis.
Os cuidados paliativos, por sua vez, são cuidados que visam aliviar o sofrimento físico, psicológico e emocional do paciente e da sua família, proporcionando um ambiente mais confortável e acolhedor, mesmo em casos em que não há mais possibilidade de cura. Eles são, portanto, destinados a pacientes que se encontram em fase terminal de vida e que necessitam de cuidados mais intensivos.
Já os cuidados continuados são destinados a pacientes que apresentam condições de saúde que exijam cuidados mais prolongados, mas que não sejam casos terminais. Esses cuidados são disponibilizados principalmente para idosos e pessoas com deficiência motora ou cognitiva grave, que necessitam de cuidados especializados diários para garantir a sua autonomia e qualidade de vida.
Na prática, os cuidados paliativos são considerados uma parte importante dos cuidados continuados, já que muitas vezes pacientes terminais necessitam de cuidados prolongados e específicos, e os cuidados continuados também podem ajudar a prevenir a chegada de doenças inexistentes em um estágio avançado.
Por isso, é fundamental que os profissionais da área da saúde estejam capacitados para lidar com ambos os tipos de cuidados, oferecendo uma assistência mais humanizada e integral aos pacientes e suas famílias.
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