Quais são os direitos de quem vive em união de facto?
A união de facto é uma realidade cada vez mais presente em Portugal, sendo vista como um modelo alternativo ao casamento. No entanto, muitos casais permanecem na incerteza sobre os seus direitos e deveres na ausência do matrimónio. É importante saber que a união de facto é reconhecida por lei e, por isso, os seus membros têm direitos e obrigações perante a sociedade.
Em primeiro lugar, é importante ter em mente que a união de facto é um estado civil de direito e não um contrato, portanto os deveres e direitos que despontam desse relacionamento são assegurados pelo Estado. A legislação portuguesa garante a igualdade de direitos entre casais casados e aqueles que vivem em união de facto, sendo que estes últimos podem beneficiar de proteção jurídica em caso de separação, por exemplo.
Entre os direitos assegurados aos membros da união de facto, destacam-se as questões patrimoniais e sucessórias. Caso um dos membros do casal faleça, o seu parceiro terá direito a uma parte da herança e também pode reclamar a sua quota-parte nos bens adquiridos na convivência. Em relação aos filhos, o casal de união de facto tem igualmente deveres e direitos parentais, o que garante proteção e segurança para a família.
No entanto, é importante lembrar que muitas questões devem ser definidas previamente em contrato. Ao contrário do casamento, em que muitos dos direitos e deveres são estabelecidos automaticamente pela lei, na união de facto é importante que o casal defina previamente as suas obrigações e direitos em documento legalmente vinculativo para que se possam evitar dissabores futuros.
De qualquer modo, é importante reconhecer que a união de facto é um estado civil de direito e que, por isso, deve ser tratado como tal. Casais que optam pela união de facto devem estar cientes das suas obrigações e dos seus direitos e, caso surja alguma dúvida, devem procurar o apoio jurídico adequado. Com este cuidado, é possível viver em união de facto em plenitude e sem problemas indesejados.
Como provar que se vive em união de facto?
A união de facto é uma relação afetiva entre duas pessoas sem que exista o vínculo formal perante o Estado. Assim sendo, é importante saber como provar que se vive em união de facto para poder usufruir dos direitos e deveres que lhe correspondem.
Em Portugal, existem duas formas de provar a união de facto. A primeira é através da Declaração de União de Facto, que é um documento que atesta a existência da relação e que é assinado pelos membros do casal perante um notário. A segunda forma é através da apresentação de elementos que permitem inferir a existência da relação, como por exemplo, a partilha de uma morada há mais de dois anos, contas bancárias conjuntas, planos de saúde em conjunto, a existência de filhos ou uma relação pública.
A Declaração de União de Facto é um documento que deve ser elaborado pelo notário, mediante o requerimento dos membros da união de facto. Este documento atesta a existência da relação e deve ser assinado pelos membros da relação perante o notário. Para a elaboração da declaração são necessários documentos de identificação dos membros, como cartão de cidadão ou bilhete de identidade, bem como prova de morada comum e outros elementos que possam confirmar a relação, como por exemplo, as contas bancárias conjuntas ou escrituras conjuntas.
Quando não é possível apresentar a Declaração de União de Facto, deve-se apresentar outros elementos que permitam confirmar a relação. Para isso pode ser necessário reunir documentos, tais como contratos de arrendamento de habitação em conjunto, faturas em nome de ambos, testemunhos de familiares ou amigos que conhecem a relação há algum tempo.
Em resumo, para provar que se vive em união de facto é necessário apresentar provas objetivas que confirmem a relação entre as duas pessoas. Caso não seja possível apresentar a Declaração de União de Facto, outros elementos podem ser apresentados para confirmar a relação. Em caso de dúvidas, é sempre aconselhável solicitar apoio jurídico especializado.
Quem vive em união de facto tem direito a pensão de viuvez?
A união de facto está prevista no Código Civil Português como uma forma de relação entre duas pessoas que vivem em conjunto de forma duradoura, pública e sem impedimentos legais para o casamento civil. Esta forma de relação é cada vez mais comum em Portugal, mas ainda é comum haver dúvidas acerca dos direitos que a lei lhes confere.
Entre as dúvidas mais frequentes, está a questão da pensão de viuvez. Muitas pessoas que vivem em união de facto querem saber se têm direito a esta pensão em caso de falecimento do companheiro ou companheira.
A resposta é sim, desde que sejam cumpridos determinados requisitos. De acordo com o Código dos Regimes Contributivos do Sistema Previdencial de Segurança Social, a pessoa que vive em união de facto com o segurado falecido tem direito a receber pensão de viuvez se, à data da morte, estiverem a viver em união de facto há, pelo menos, dois anos e desde que essa união seja devidamente comprovada.
Além disso, é necessário que a pessoa tenha convivido com o segurado como se fossem cônjuges, tenha havido uma comunhão de vida e tenham existido obrigações mútuas de entreajuda e cooperação. Caso contrário, não terá direito a essa pensão.
Por fim, é importante salientar que o reconhecimento legal da união de facto deve ser feito através da inscrição no Registo Civil, para que a união de facto seja comprovada perante a Segurança Social e, assim, possa ser requerida a pensão de viuvez.
Em resumo, quem vive em união de facto tem direito a pensão de viuvez desde que esteja a viver em união de facto há, pelo menos, dois anos e que a união seja devidamente comprovada perante a Segurança Social.
Quais as vantagens da união de facto?
A união de facto é uma forma legal de convivência entre duas pessoas que optam por viver juntas sem o casamento. Embora não seja um vínculo oficial, traz inúmeros benefícios para o casal. A seguir, listamos algumas das principais vantagens da união de facto.
Proteção legal
A união de facto garante proteção legal para o casal, especialmente em casos de separação ou morte de um dos parceiros. Os membros da união de facto têm direitos legais semelhantes aos do casamento, como herança, partilha de bens, pensão alimentícia e outros.
Compartilhamento de despesas
O compartilhamento de despesas é outra vantagem importante da união de facto, pois permite que o casal junte suas finanças e reduza os custos, o que pode ser especialmente vantajoso para aqueles que vivem em grandes cidades ou têm altos custos de vida.
Troca de benefícios
Os membros da união de facto também podem inscrever o parceiro em seus planos de saúde, descontos em impostos, seguros de vida e outros benefícios. Isso garante uma maior segurança financeira e um melhor acesso a recursos importantes para o dia a dia.
Acesso a crédito
Os parceiros da união de facto podem obter créditos conjuntos para a aquisição de imóveis, por exemplo, bem como para outras despesas de consumo. Isso pode ser especialmente útil para casais que estão em fase de construção ou de consolidação de sua vida financeira.
Em resumo, a união de facto garante várias vantagens importantes para o casal, incluindo proteção legal, compartilhamento de despesas, troca de benefícios e acesso a crédito. Se você está considerando essa forma de convivência, certifique-se de estar ciente de todas as implicações e benefícios que ela oferece.
Quanto tempo é considerado união de facto?
A união de facto é uma das formas de relação afetiva reconhecida por lei em Portugal. Ela é caracterizada pela convivência pública, duradoura e estabelecida com um objetivo de vida comum, sem que haja uma formalização legal como o casamento. Mas a pergunta que fica é: quanto tempo é considerado união de facto?
A resolução desta questão apenas pode ser respondida com o recurso à jurisprudência. Isso porque a lei não estabelece qualquer prazo mínimo para a configuração da união de facto, ficando a análise a cargo do juiz competente para o caso em questão. No entanto, existem alguns requisitos que a lei considera e que são relevantes na análise desta questão.
Entre essas condições, pode-se citar a convivência pública, uma vez que não se trata de um relacionamento oculto, e a duração da relação. É preciso que o relacionamento tenha uma certa estabilidade e que seja duradouro. Ainda assim, não há um número exato de anos que seja considerado para caracterizar uma união de facto.
É importante enfatizar que cada caso é analisado individualmente e que a existência dos requisitos mencionados para a configuração da união de facto é o que realmente importa. Em algumas situações, pode-se considerar a união de facto a partir de um ano de convivência, em outras, são necessários mais anos de relacionamento.
Portanto, não existe um tempo fixo para identificar uma união de facto em Portugal. É preciso que haja convivência pública, duradoura e estabelecida com um objetivo de vida comum. Caso esses requisitos sejam preenchidos, pode ser reconhecida a união de facto, independentemente do tempo que o casal esteja junto.
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